Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, o presidente Rodolfo Landim falou sobre a necessidade dos futuros presidentes do Flamengo também se empenharem no projeto da construção do estádio próprio, se preocupando, especialmente, com a questão financeira.
“Para tudo isso funcionar será preciso mudar a governança no Flamengo para que não apareça alguém que destrua esse caminho. O Flamengo está estruturado, mas alguém pode quebrar o clube em três meses, a governança do Flamengo é super presidencialista e os poderes que o presidente tem são enormes. Se eu amanhã quiser contratar o Neymar, lanço uma dívida de R$ 1,25 bilhão e ponto. Por isso sou contra fazer do sócio torcedor um eleitor. Alguém lançaria uma plataforma de promessas malucas e quebraria o Flamengo. Ficaria mais fácil emplacar um discurso populista. Eu poderia fazer uma graça em 2024, meu último ano de mandato, e deixar um buraco para quem vai ficar no meu lugar. Poderia…”, disse Landim.
O mandatário rubro-negro ainda falou sobre a possibilidade do clube conquistar a concessão do Maracanã por 20 anos, e, consequentemente utilizar o estádio para shows e jogos do Fluminense, deixando o Flamengo com partidas apenas no estádio próprio.
“Poderíamos usar o Maracanã para shows, repassar para alguém, o Fluminense seguiria jogando lá… Esse seria um problema bom para resolver e a própria CBF precisa de um estádio. Os grandes jogos ela sempre quis colocar no Maracanã, que seria como é em Wembley. Sabemos administrar estádio. Chegamos lá e tinham 28% das lâmpadas que acendiam, vasos quebrados, não funcionava a estação de tratamento de esgoto. Hoje, tudo lá funciona”, completou Landim.
