FLAMENGO ESTUDA TRANSFERIR ‘POTENCIAL CONSTRUTIVO’ DA GÁVEA PARA REDUZIR CUSTOS DO GASÔMETRO

A reunião entre o Flamengo e o prefeito Eduardo Paes possibilitou transferir o “potencial construtivo” da sede da Gávea para reduzir os custos no terreno do Gasômetro, que pertence ao Fundo Imobiliário Porto Maravilha. A Transferência do Direito de Construir (TDC) permite usar o potencial construtivo em outro local.

Em entrevista ao GE, o deputado federal Pedro Paulo explicou a situação para construção do estádio do Flamengo.

“O Flamengo quer pegar o potencial construtivo do terreno da Gávea, ou de parte, mais o potencial construtivo que pode ser reduzido no terreno do Gasômetro e isso se transformar num direito de construir para o fundo. A gente pega determinadas áreas da cidade e transfere esse direito para o fundo. E aí o fundo pode usar a qualquer tempo, isso vira um ativo, e o fundo pode utilizar esse direito construtivo, vender no mercado imobiliário.”

“Aquela região do Gasômetro é a área mais valorizada do perímetro do que a gente chama Porto Maravilha. Ali você pode construir prédios de 40, 50 andares. Por poder construir prédios desse tamanho, é um metro quadrado caro, porque o potencial de geração de receita de lucro dele é muito grande. Então a ideia seria pegar esse potencial que você consegue precificar em valor de metro quadrado.“

“Eu acho que o ponto de virada é o seguinte: você estava vendo o Flamengo discutindo muito o valor do metro quadrado com a Caixa. É R$ 2.500, é R$ 2 mil ou R$ 1.200? E, quando a Prefeitura entra, ela entra com uma força enorme para que isso possa ser feito com um custo muito menor. E com ganho também para a cidade, porque a gente tem um olhar estratégico em relação ao estádio, pode ser âncora de um projeto de recuperação urbana daquele entorno.”

“A gente não viu o projeto no papel, foi uma conversa. O que se combinou é que a partir desse encontro a gente vai fazer agora reuniões técnicas entre o time do Flamengo junto com a Prefeitura. E aí, a partir desse entendimento, mandar para a Câmara Municipal um projeto de lei com esse objetivo de transferir o potencial construtivo. Acho que ficou esse dever de casa para nós: iniciar as reuniões de trabalho técnicas.“

Foto: Bruno De Laurentis

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *