Em entrevista ao “GE”, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comentou sobre a possível paralisação do Campeonato Brasileiro por conta da tragédia no Rio Grande do Sul.
“Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes”, disse, antes de completar:
“Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento [de jogos]. Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim”, afirmou.
O presidente da CBF ainda falou sobre as ajudas para os clubes gaúchos.
“Logo quando iniciou toda aquela catástrofe no Rio Grande do Sul, a CBF procurou unir clubes, federações, atletas das seleções feminina e masculina, para não apenas sermos solidários, mas também buscar contribuir para amenizar o sofrimento das pessoas, das vítimas. Fizemos e está dando resultado. Nessa reunião nós temos que não só falar de calendário, mas também que todos os clubes e todos os Estados possam dar uma contribuição. O Ministro do Esporte, que também solicitou que houvesse a paralisação… Esperamos que possa haver alguma iniciativa do Ministério, para que coloque recursos que possam amenizar a vida dos entes queridos. E também das reformas de que carecem, de imediato, os estádios do Rio Grande do Sul”, destacou.