Em entrevista ao Rodrigo Capelo, Landim afirmou não se arrepender de ter apoiado a criação da Lei do Mandante, que possibilitou que outros clubes passem a vender direitos de jogos do Flamengo, o que enfraqueceu o Mais Querido nas negociações com a Globo.
“Eu acho que não, pelo seguinte. Se a lei anterior estivesse em vigor, com os grupos que nós temos de clubes, a gente não teria nem o sucesso disso. Porque só os jogos entre os clubes de dentro da Libra é que poderiam ser passados. Porque pela lei anterior você precisaria ter a autorização dos dois clubes para passar. Então o número de jogos que a gente teria com nove clubes ficaria muitíssimo mais restrito, e não haveria o interesse da Globo de negociar”, avaliou.
Capelo mencionou que Vasco, Botafogo e Cruzeiro foram membros da Libra anteriormente e que Fluminense e Internacional, os líderes do Forte Futebol, poderiam adotar uma abordagem diferente se não tivessem permissão para transmitir jogos de clubes da Libra como visitantes. Landim optou por não abordar essa situação.
“Mas aí a gente está partindo de uma premissa que não é um fato. O fato é que do lado de cá tem nove clubes. Na minha percepção, a lei do mandante proporcionou a possibilidade de isso acontecer. Certamente nós não teríamos assinado o contrato que nós assinamos se a lei não tivesse passado.”
“Eu continuo acreditando nisso, e acreditando que essa é uma etapa de um processo maior que vai acabar acontecendo. Como falou minha finada avó, por amor ou por dor eu acho que em algum momento os clubes vão entender que é fundamental que eles possam se sentar e se entender”, finalizou.
Segundo as estimativas do Flamengo, se o novo contrato com a Globo estivesse em vigor em 2023, o clube teria recebido R$ 73 milhões a menos em comparação ao que ganhou. Uma projeção feita pela Libra sugere que a disparidade entre o Flamengo e o Palmeiras diminuiria de R$ 112 milhões para R$ 8 milhões.